Deathloop é um shooter em primeira pessoa que compõe a lista de jogos que serão lançados no final de 2021, mas que não vem recebendo a atenção que merece dos jogadores.
Anunciado na E3 2019, o título só chamou a atenção de quem já conhece o potencial de sua desenvolvedora, a Arkane Studios, responsável por criar franquias como Dishonored e Prey.
Mas acredite: você vai querer colocá-lo em seu radar também.
A convite da Bethesda, participamos de uma apresentação fechada que mostrou o início do game, além de um bate-papo com o diretor Dinga Bakaba e o diretor de arte Sebástien Mitton — que, de cara, já descreveram Deathloop como “o jogo mais ambicioso já feito pelo nosso estúdio”.
O que é Deathloop?
Deathloop é um jogo sobre tempo, protagonizado por Colt, um assassino que ficou preso em um loop de um dia em uma ilha chamada Blackreef.
Se ele morrer, volta para o início do dia. Para quebrar esse ciclo, é preciso matar oito alvos distintos que estão espalhados pela ilha, dividida por quatro distritos, em um único loop.
Apesar da premissa ser próxima de um roguelike, o jogo “é uma abordagem muito diferente do gênero”, conforme explica o diretor Dinga Bakaba. Morrer não resulta na perda de itens e progresso, apenas reinicia as 24h, obrigando o jogador a explorar tudo desde o começo.
A principal intenção é fazer com que o jogador não se sinta limitado com o sistema de tempo, então não há “punições” ao ser derrotado ou esgotar as horas. A ideia é dar liberdade para quem estiver com o controle em mãos, permitindo que escolha o distrito, o alvo e até o horário que quiser explorar. Você controla o ritmo do game, não o contrário.
Mas há um detalhe extra. Um dos alvos é Juliana, a principal antagonista da história. Ela é uma mercenária que está ciente do loop e fará de tudo para impedir Colt de quebrá-lo. Por isso, ela é capaz de fazer de tudo sempre caçando o protagonista na ilha.
O principal diferencial de Juliana engloba um elemento multiplayer: ela pode ser um NPC controlado por inteligência artificial ou outro jogador online — você escolhe. É possível deixá-la sob controle de um amigo ou alguém desconhecido.
Reiniciar o loop causa amnésia em todos os personagens, exceto Colt e Juliana. Então os diálogos e cenas entre eles nunca serão os mesmos. De resto, tudo reinicia e se repete.
Um shooter estiloso
“É um shooter muito estiloso em primeira pessoa”, explica Bakaba ao comentar as armas e as habilidades de Colt. O gameplay tem um objetivo claro: ser divertido e ter (muito) estilo.
Para isso, Deathloop aposta em fluidez e oferece armas que até parecem dispositivos engenhosos, contando com diferentes tipos de disparos e recursos. Uma delas, por exemplo, conecta quatro inimigos para eletrocutá-los ao mesmo tempo. O protagonista ainda terá habilidades especiais, como invisibilidade, teletransporte, telecinese, entre outros.
A jogabilidade usa como referência outros títulos da Arkane, principalmente Dishonored, mas não espere pelo foco maior em abordagens furtivas por aqui. Sim, há maneiras de agir furtivamente, mas fazer isso (ou não) não afeta a história.
Além disso, o jogo também explora um sistema de atividades secundárias que acontece de forma mais orgânica, sem aparecer como um ponto de referência no mapa. Por exemplo, dá para ouvir um NPC conversando sobre um tesouro e ir até o local citado, que terá uma surpresa lá.
Deathloop é ousado na proposta, prometendo uma narrativa com reviravoltas e uma jogabilidade viciante — sendo o projeto mais “fora da caixinha” da Arkane até o momento.
Apesar de instigar minha curiosidade e expectativa, ainda ficam as dúvidas se as ideias vão se sustentar ao decorrer do jogo inteiro, sem cair em repetitividade e sequências clichês. Mas, conhecendo o potencial da desenvolvedora, é difícil que não resulte em algo especial.
Seja como for, uma coisa é certa: estou muito ansiosa para ver se serei capaz de quebrar esse “dia da marmota”!
Deathloop será lançado no dia 14 de setembro para PC e PlayStation 5.