5 Filmes da Netflix com elenco de peso que você pode ama ou não



Um dos maiores streaming de filmes e séries, a Netflix se destaca por seus conteúdos originais  e obras de diversos estúdios, contando em seu catalogo cerca de 4 mil títulos entre séries e filmes.

Selecionamos filmes que se destacam no vasto catalogo da gigante dos streaming.




O Diabo de Cada Dia já começa com um tom familiar, parece um filme de Meio-Oeste dos Coen, muito por conta da narração em off. Com um sotaque carregado de Ohio, o narrador aponta no mapa as cidades de Knockemstiff, em Ohio, e Coal Creek, na Virginia, Estados vizinhos de predominância rural, e fala da duração das viagens entre um lugar e outro. É ali que se passará, em duas gerações, desde meados dos anos 1950, uma história de violência e coincidências trágicas envolvendo um veterano de guerra, seu filho, um pastor abusador e um casal de serial killers.

A convite do diretor Antonio Campos, o narrador é o próprio autor do livro em que o filme se baseia, Donald Ray Pollock, que foi operário e motorista de caminhão na região de Knockemstiff até os 50 anos, quando então estreou como romancista com The Devil All the Time (publicado no Brasil em 2011 como O Mal Nosso de Cada Dia).



A Voz Suprema do Blue é um filme de atores no sentido em que a performance tem mais valor do que os conflitos e as trocas eventualmente gerados a partir dessa performance. De certa forma, na comparação, os dois filmes tentam o oposto: Destacamento Blood atravessa Boseman com a História, confiante na capacidade do ator de receber e sustentá-la, enquanto A Voz Suprema do Blues joga luz na espera de que a História parta de dentro de Boseman.

Obviamente, como se trata de um ator acima da média, ele não foge a essa responsabilidade de gerar sozinho a carga dramática de A Voz Suprema do Blues, no papel de um trompetista que sonha grande apesar das provações da vida o apequenarem. As situações de tensão no filme usam uma base factual - a história da cantora Ma Rainey (Viola Davis) e sua relação conturbada com a indústria musical da Chicago dos anos 1920 - para propor uma escalada ficcional de ressentimentos, que, pela própria lógica da performance, só vão aumentando de tom até o desfecho hiperdramático.

Tanto Viola Davis e Chadwick Boseman quanto o restante do elenco são capturados com esse banho de luz, que nas peles suadas (o filme assume o calor do verão de Chicago como elemento dramático central e exagera nos suores para tornar os corpos ainda mais impermeáveis, plásticos) faz com que todos pareçam dourados. Sob essa luz, e com uma taxa alta de close-ups, os olhos dos personagens parecem em chamas, ou perenemente emocionados. Fonte: Omelete


Neste suspense macabro, uma musicista excepcional reencontra seus ex-mentores, mas descobre que eles têm uma nova aprendiz talentosa

É assim que a Netflix define o longa dirigido por Richard Shepard, que teve sua estreia mundial no Fantastic Fest em 20 de setembro de 2018 e foi lançado em maio de 2019 pelo serviço de streaming. Porém, pode-se dizer que The Perfection é um filme de suspense psicológico que vai muito além das aparências.

The Perfection é um filme cheio de flashbacks que são usados para explicar ao público os caminhos percorridos até que se chegasse a determinadas situações. Tais flashbacks são uma sacada genial, visto que nos leva a entender as decisões e atitudes das personagens e não deixa a sensação de situações inacabadas ou inexplicadas.

O filme não te permite sentir afeto pelas personagens antes dos minutos finais, pois a todo momento a trama muda de direção e passamos a questionar o caráter de Charlotte e Lizzie, nos deixando completamente em dúvida sobre quem está de fato fazendo a coisa certa.

Os cenários e figurinos fazem grande diferença, trazendo um incrível show de cores, mas sem desviar do deslumbramento e do ritmo da narrativa. Tal deslumbramento, inclusive, também pode ser visto na relação entre Charlotte e Elizabeth, que se dá ora provocativa, ora sombria demais – mas muito bem explorada no longa.

As atuações de Allison e Logan merecem destaque. Allison interpreta bem todas as facetas de Charlotte, desde a apatia até o desespero, cinismo e força. Logan por sua vez, nos mostra uma Lizzie perdida, fragilizada, mas que encontra sua força no decorrer da trama.


“Existem três tipos de pessoas. As de cima, as de baixo e as que caem”. Não há melhor frase em O Poço para iniciar a fábula sádica que é o filme. Em tempos que vivemos um distanciamento social, não só por diferenças políticas, mas também pela já conhecida estrutura socioeconômica que afasta cada vez mais a população de um país que batalha por mais igualdade, é de se parabenizar a Netflix por nos dar acesso a uma obra que retrata, de maneira abstrata, nosso mundo de uma maneira tão assustadora quanto atual.

De fato, O Poço é um filme de terror com muito mais a dizer do que apenas assustar. Há uma eficiência brutal na narrativa, impulsionando-nos rapidamente para cima e para baixo do prédio vertical, forçando-nos a testemunhar muitos horrores. Requer um estômago forte, especialmente quando vemos o que acontece nos níveis mais baixos, mas o fato de existir uma ideia maior faz com que a trama continue a evoluir à medida que o filme avança. Por mais que seja sombrio, o longa se move com uma velocidade tão feroz que nos deixa ofegantes quando compreendemos quão ruim as coisas podem ficar.

O final ambíguo pode não satisfazer por não parecer o que muitos estavam esperando – e nem deveria. Para um filme que retrata de maneira grotesca a opressão do sistema em que vivemos, ainda há momentos de alívio. O Poço é uma produção escapista para quem quer se sentir imerso dentro de uma ficção de qualidade, mesmo que suas loucuras sejam tão incrivelmente parecidas com a nossa realidade.


Para contribuir ao clima sombrio, A Bruxa aposta na construção de efeitos analógicos, físicos, muito mais viscerais do que as criações digitais contemporâneas. O cineasta extrai medo do isolamento, da floresta fechada, da presença de bichos comuns, além de mostrar criatividade e ótimo senso de composição quando humanos e animais entram em conflito, na segunda metade da história. Após tantos filmes de terror com truques banais e aceleração dos eventos rumo ao final, é um alívio encontrar uma obra que sabe tomar seu tempo, construindo a tensão e a psicologia dos personagens com precisão cirúrgica.

Além disso, a fotografia cuidadosa, usando velas dentro da casa principal e fontes de luz simples nos cenários noturnos externos, cria um belo efeito de solidão que remete à construção estética dos quadros renascentistas. Talvez a maior inteligência deste filme seja perceber como o terror depende da relação entre os personagens e os espaços, e como uma pequena sugestão pode ser muito mais potente do que litros de sangue jorrando em tela. O terço final, excelente, é uma prova disso: Eggers constrói um clímax complexo através de pouquíssimos elementos em cena. Como nos bons suspenses psicológicos, a fonte de conflito é essencialmente humana. Fonte: Adoro Cinema
Senhor Nerd-Z

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